domingo, 1 de abril de 2018

UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA




A ideia da criação da Loja Maçônica Pedro Alves Pinheiro se deu por intermédio do Irmão Valdemiro Severiano, diante das reflexões a respeito das agonias de pais de família quanto ao futuro dos seus filhos, em relação à violência e ao consumo de drogas cada vez mais crescente, praticado por jovens e até por crianças. Então, depois de profunda reflexão, consequência de conversa com algumas pessoas sobre o que e como fazer para ir ao encontro desses pais desesperados, pensou: “Se um dos objetivos da Maçonaria é tornar feliz a humanidade, chegou à vez de oferecer minha parcela de contribuição, ainda que mínima”.
Depois disso caiu em campo. Procurou o Venerável Mestre da Loja que estava filiado. Falou-lhe que gostaria de contar com o seu apoio para o projeto da adoção de um Grupo de Escoteiro. Na oportunidade, reportou-se a possibilidade da aquisição de um terreno em local da periferia da Capital que pudesse ser construído um espaço - anexo da Loja - que tivesse como fim último a prática educativo/cultural.
Os meses se passaram e nada do que havia exposto fora levado à discussão em Loja. Insatisfeito, em uma das reuniões, desabafou: “a Maçonaria por seus membros tem de sair dos Templos e ir aos locais onde as pessoas esperam a sua atuação”. E, colocou com certa veemência: “Se pudermos fazer alguma coisa aqui em Candelária, o que acho pouco provável, façamos, mas saiamos desse marasmo”. E concluiu: “Temos muito mais a fazer que assistirmos às reuniões e depois festejarmos, nem sei o que, sentados à mesa de um restaurante e deliciarmos petiscos acompanhados de uma bebida. A sociedade espera de todos nós uma participação mais ativa, como nos tempos de outrora”.
Depois da reunião volta pra casa triste, mas, com esperança de encontrar guarida para o seu projeto. Pensou e pensou. “Vou ajudar a criar uma Loja Maçônica na Zona Norte da Capital”. Dia seguinte falou ao Grão-Mestre, Ir:. Adalberto José Dantas a respeito do seu propósito.
Embora este concordasse com a ideia de fundar uma Loja e o motivo estava na vigência do plano de expansão de Lojas na GLERN, pediu-lhe que permanecesse na função de Grande Secretário até o final do seu mandato.
Mas o Ir:. Valdemiro Severiano tinha pressa. Em companhia do Ir:. José Fronival visitou vários maçons residentes na Zona Norte de Natal, localidade por ele escolhida para a sede da primeira Loja Maçônica. Não tendo encontrado apoio. Em muitas das visitas escutou palavras desse gênero: “Meu irmão, me deixe quieto ! Não posso abandonar a minha Loja. Trabalhei tanto para ela ficar bonitinha. Chegou a hora de usufruir desse esforço !”. Embora não gostando era forçado esboçar um sorriso respondendo: tudo bem mano. Penso diferente, mas, respeito a sua opinião. Também já contribui para a formação e construção de Loja. Mas, aqui estou de novamente, agora, com o desejo maior, qual seja, o de levantar templos à virtude.
E lá ia ele em peregrinação. Foi então que lhe veio à lembrança de visitar o Ir:. Darcy da Costa Matera, maçom ativo, do quadro da Loja Estrela dos Magos e que residia em Extremoz. Provavelmente encontraria outros irmãos lá residentes.
Deu certo. Conheceu primeiramente o Ir:. Waldemar Gomes Dantas que o acolheu muito bem. Depois da exposição a respeito do projeto de fundar uma Loja Maçônica nesse Município, prometera  fazer contatos com outros irmãos residentes em Extremoz convidando-os para uma reunião em sua casa. E, assim foi feito. Dias depois estavam reunidos os irmãos Valdemiro Severiano, Darcy da Costa Matera, Waldemar Gomes Dantas, José Fronival, Luiz Gomes da Silva, Robeval Miranda Diniz, Francisco Aluízio de Souza, Francisco Félix de Lima, João Batista Barbosa e Marcos Francisco Pereira da Costa.   Dalí em diante outras reuniões se sucederam. O objetivo fora a discussão dos assuntos vinculados às questões burocráticas. Porém, não tendo sido esquecido outra questão muito importante: a aquisição do terreno e a construção da sede própria. Outro assunto não menos importante versava sobre a participação da Loja junto à comunidade, quer fazendo sentir aos poderes constituídos locais a preocupação de cada maçom diante de problemas cruciais, ou mesmo, colaborando com esses na formação de grupos para trabalhos comunitários.
Numa reunião foi aprovado por unanimidade dos presentes o nome Pedro Alves Pinheiro. O autor da proposição foi o Ir:. Waldemar Gomes Dantas justificando: “Pedro Alves Pinheiro”, conhecido por Pedrinho, é possuidor de uma extensa folha de relevantes serviços prestados à comunidade. Como político foi eleito vereador para uma legislatura na qual foi bem sucedido e para vice-prefeito noutra, não tendo terminado o seu mandato por ter sido chamado pelo Grande Arquiteto do Universo para uma nova missão no Oriente Eterno. Exerceu o seu mandato com muita dedicação, honrando a confiança do eleitor. Como maçom foi iniciado na Loja Clementino Câmara tendo sido muito bem reconhecido pelos irmãos daquela Oficina em razão de sua forma humana de tratar os seus semelhantes. Como cidadão foi notória a sua relação com todos que o procuravam antes mesmo do seu ingresso na carreira política.
Logo depois de sua morte um grupo de cidadãos extremozense prestou-lhe uma justa homenagem em reconhecimento por seus serviços prestados a Comunidade criando uma fundação que leva o seu nome, cujo propósito determinava o encontro com as comunidades carentes do município na busca de soluções para os problemas que vivenciavam.
Quanto à criação do estandarte da Loja o esboço ficou a cargo do Ir:. Valdemiro Severiano que o apresentou em reunião. O projeto foi aprovado por todos e encaminhado ao técnico para a arte final, que o aperfeiçoou. O símbolo representativo da Loja Maçônica “Pedro Alves Pinheiro” é formado por três campos. No primeiro terço superior são vistos os indicativos da Loja ladeados por símbolos da Ordem - um círculo, dentro do qual estão um esquadro e um compasso entrelaçados, tendo ao centro a letra “G”. No segundo terço está à representação da principal atividade econômica do município de Extremoz - a pesca - através de uma paisagem do litoral onde são vistos o mar e uma jangada com a vela içada. No último terço, a representação de outra atividade econômica do município - o turismo - onde são vistas as dunas de Genipabu.
Finalmente chega o dia esperado. No dia 04 de abril do ano de 1993 por ato assinado pelo Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Norte, Ir:. Adalberto José Dantas foi criada a Loja Maçônica que teve como título distintivo Loja Simbólica “Pedro Alves Pinheiro” nº 18, com sede na Cidade de Extremoz, Rio Grande do Norte. A solenidade foi realizada no Laguna Hotel, situado nesta Cidade. Presentes o Sereníssimo Grão-Mestre e sua Comitiva, composta pelos Grandes Oficiais da GLERN, os maçons fundadores da Loja e representação de Lojas convidadas. Ficou estabelecido que as sessões ordinárias realizar-se-iam em Extremoz, às quartas feiras no horário das 20:00 horas, tendo como local um prédio cedido pelo Ir:. Marcos Francisco Pereira da Costa, vereador do município.
Posteriormente a Loja se reúne nos seguintes locais: na Sociedade São Miguel por curto espaço de tempo; e por último, no “Centro de Velório”, prédio cedido pela Prefeitura. E, finalmente, na Chácara do Ir:. João Batista. Sendo as sessões ritualísticas realizadas na sede da Grande Loja.
O Terreno para a construção da Loja, este espaço que hoje nos abriga, foi adquirido por intermédio do então vereador Ir:. Marcos Francisco da Costa. Concessão feita pelo Prefeito do município Sr. Domingos Xavier de uma pequena gleba de terra para a construção da sede da Loja.
É interessante dizer que se cumpriu um extenso programa de visitação às Lojas da Obediência no sentido de pedir apoio.
O trabalho estava, apenas, começando. Para isso foram promovidos vários eventos para levantar recursos em benefício das obras de construção da sede da Loja. Na vigência de suas respectivas administrações, coube aos irmãos Severiano e Fronival a construção de  todo alicerce da Loja e o Salão de Festa e ao irmão Damião o erguimento das paredes e a aquisição da laje.
Com todo esse empenho a prática da Filantropia não foi esquecida. O Dia das Mães bem como o Natal não eram esquecidos. As nossas cunhadas se mobilizavam angariando doações e, a Loja, através da Bolsa de Benemerência, e cotização entre os irmãos, fazia sua parte, tudo isso para o êxito do trabalho.
Esta Oficina passou por turbulência de duas ordens. A primeira motivada pelas transferências de cinco irmãos para o Oriente Eterno e a última, decorrente da movimentação de dois irmãos para outra Loja da GLERN e a publicação de irregularidade de outros. Mas, com filiação de valorosos irmãos, dos quais, há que se destacar a pessoa do Ir:. Audo Pereira Costa, a Oficina foi fortalecida. Todo trabalho decorrente do processo da transferência da Loja para o Grande Oriente do Brasil e da construção do prédio da loja se deu pelo imensurável esforço desse irmão com a participação dos irmãos do quadro.  
Tudo ia muito bem até o inesperado incêndio da Loja. O que havíamos realizado agora destruído. Apesar dos transtornos, o acontecimento fortaleceu ainda mais “os laços de fraternidade que nos unem como verdadeiros irmãos”. Muito trabalho na reconstrução do que foi destruído. Gastos além da disponibilidade de caixa da Loja fizeram com que recorrêssemos aos irmãos do quadro; irmãos doutras Obediências e, também, a algumas pessoas do círculo de amizade dos maçons desta Oficina. Período difícil enfrentado pelo Ir:. Robson de Araújo Macedo na condução dos destinos da Loja. No uso de sua sabedoria conduziu os trabalhos em ambiente de harmonia e concórdia. Por questão de justiça gostaríamos de destacar os colabores : Irmãos José Damião de França, Roberto Adelino Sales, Carlos Alberto da Silva, Ubirajibe Lopes de Lima, Paolo Garabuggio, Cláudio Márcio de Araújo, Antonio Eduardo Nascimento dos Santos, Otávio Ricardo de Oliveira, Valdemir Cordeiro Lopes; Senhores Carlos Jener Resende de Holanda, Vicente José de Sales e Fabiano Paulino Quintiliano e, ainda, a Senhora Lurdete Silvestre  Sales (nossa cunhada), esposa do Ir:. Roberto. Como preito de gratidão pelos relevantes serviços prestados a nossa Loja foram agraciados nesta solenidade com o certificado concedido pela administração da Loja, na pessoa do seu representante legal, irmão Robson de Araújo Macedo, Venerável Mestre.

Aproveitando a oportunidade importante comentar a respeito de alguns pronunciamentos do Ir:. Valdemiro Severiano, quando o assunto é o trabalho maçônico longe das paredes que nos circundam neste instante.
Insistentemente convoca os irmãos a pensarem Maçonaria. Nesses momentos pede que os esforços dedicados à construção do aspecto físico da Loja sejam igualmente valorizados e concentrados no trabalho maçônico junto às comunidades carentes da periferia de Extremoz. Disse ele certa vez: “A prática maçônica não se faz dentro dos templos. Fora dele sim. Há muitas pessoas esperando por nossas ações”. Outro dia reforçou o seu pensamento dizendo que viver sonhando com projetos para a Educação, Saúde, Assistência Social e prestação de serviço à comunidade. “É um sonho, disse ele”. Mas é possível ser tornado realidade. Depende da nossa vontade em atingir esse objetivo. Concluindo disse: “hoje, considero-me um obreiro feliz por que estou encontrando apoio dos irmãos do quadro da Loja no que diz respeito ao novo modelo de se praticar Maçonaria”.

Acabamos de falar um pouco do muito que ainda temos a dizer sobre o papel da nossa Instituição na sociedade. Esperando haver cumprido nosso objetivo nesta noite, só resta-nos agradecer aos presentes pela paciência de nos escutar por alguns instantes
FONTE – BLOG DA LOJA EDRO ALVES PINHEIRO

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